O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou reajuste nas tarifas de pedágio no Estado de São Paulo a partir do dia 1º de julho. No ano passado, em meio às manifestações de junho que levaram multidões às ruas, Alckmin congelou o aumento. Em visita a Rio Preto ontem para inaugurar Centro de Pesquisa de Pescado e anunciar verbas para o Hospital de Base, Alckmin primeiro disse que o reajuste neste ano ainda não estava definido, mas na sequência afirmou que o cálculo será feito com base na inflação. “O que existe é correção monetária, que depende da inflação”, afirmou.
Hoje, uma viagem de ida e volta entre São Paulo e Rio Preto custa, só em pedágios, R$ 141,20. A Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), que controla as concessões rodoviárias, afirmou ontem que há indefinição do índice a ser adotado, IPC-A ou IGP-M. O primeiro é calculado pelo IBGE, que está em cerca de 6,5% nos últimos 12 meses. “A agência ainda está trabalhando nos cálculos a serem aplicados. O porcentual de reajuste será anunciado na próxima semana”, informou a assessoria da Artesp ontem à tarde.
O aumento faz com que uma das principais promessas de campanha de Alckmin, que era a revisão dos contratos de concessões para até reduzir valores das tarifas, não saia do papel até o final de sua gestão. Alckmin vai disputar a reeleição em outubro. Ao ser questionado sobre a promessa feita durante a última corrida eleitoral, Alckmin disse ontem que o governo tentou “acordo administrativo” com concessionárias para redução de custos, o que poderia ter reflexo nas tarifas. Segundo o tucano, o caso foi parar na Justiça. “Esse processo está andando e pedidos a revisão”, disse.
De acordo com a Artesp, foram questionados judicialmente revisão nos contratos autorizada pelo próprio governo em 2006 com 12 concessionárias, quando Cláudio Lembo estava como governador. “A Artesp abriu processos administrativos de invalidação de termos aditivos desses contratos em análise. Integrantes da CPI dos Pedágios, recém instalada na Assembleia Legislativa tentam impedir reajustes. A CPI quer ter acesso à auditoria sobre as concessionárias, que teriam gerado ganho de R$ 2 bilhões para as concessionárias.
De: Sergio Isso, Diário Web.
